O Fórum E-Commerce Brasil se consolidou como o principal evento de e-commerce da América Latina e um dos maiores do mundo. Em 2024 foi realizado entre os dias 30 de julho e 1º de agosto no Distrito Anhembi, em São Paulo, o evento reuniu 29 mil participantes e ofereceu 330 horas de experiências e conteúdos enriquecedores.
Com a presença de aproximadamente 350 palestrantes, o Fórum tornou-se um ponto de encontro essencial para profissionais do setor, proporcionando insights valiosos e oportunidades de networking para todos os envolvidos no universo do digital commerce. Neste artigo vamos trazer algumas das mais relevantes palestras que aconteceram no evento. Confira:
A Hypera Farma, a segunda maior indústria farmacêutica do Brasil, tem se destacado não apenas pelo seu tamanho e relevância, mas também pela inovação em seus processos de vendas e digitalização. Com 21 power brands, a empresa tem enfrentado as mudanças no comportamento do consumidor, especialmente com o aumento da preferência por compras online, também no mercado B2B.
Bruno Balduccini, head de e-commerce da Hypera e Laerte de Souza Junior, fundador e CEO do Zeca, discutiram como a Hypera Farma implementou uma estratégia de vendas híbrida para maximizar sua eficiência e atender às novas demandas do mercado. A estratégia é baseada na combinação entre um time de consultores e uma robusta plataforma B2B, permitindo um atendimento mais personalizado e eficiente.
Um dos fatores que levaram a tomada de decisão de um modelo híbrido de vendas no B2B foi a famosa Lei de Pareto, que nesse contexto sugere que 80% dos esforços do time de vendas está na negociação de 20% dos produtos.
Através de uma plataforma híbrida é possível trabalhar o restante dos produtos menos destacados sem a necessidade do aumento do time de vendas.
Os desafios enfrentados foram também discutidos, incluindo o tempo limitado dos consultores e a dificuldade de atender a todos os clientes de forma personalizada. A Hypera identificou que grandes players recebiam atenção especial, enquanto pequenos clientes muitas vezes ficavam sem o devido suporte.
Através da plataforma B2B a empresa adotou um programa de fidelidade, onde é possível acompanhar em tempo real os esforços de vendas no PDV, além de gerar uma maior conexão com os clientes.
A inovação não parou por aí. A Hypera foi além ao integrar a inteligência artificial ao seu processo de vendas. O projeto Zeca foi desenvolvido para automatizar a formalização de pedidos, captando e interpretando informações de diferentes formatos recebidos via WhatsApp. Isso reduz tarefas repetitivas, melhora a qualidade do atendimento e oferece sugestões de produtos com base no perfil do cliente.
Além disso, o algoritmo integrado à plataforma analisa perfis de compras e vendas no PDV, sugerindo produtos que estão próximos do fim do estoque e evitando interrupções na oferta.
Os resultados falam por si: a digitalização e a abordagem híbrida levaram a um aumento significativo nas vendas e na satisfação dos clientes.
Estudos mostram que compradores preferem canais de e-commerce para produtos de menor valor e complexidade. Além disso, a performance garantida, a disponibilidade de produtos online e o atendimento ao cliente em tempo real são fatores importantes para os compradores.
Com a adoção dessas estratégias, a Hypera Farma não só manteve sua posição de liderança, mas também conquistou um crescimento considerável em um mercado cada vez mais competitivo e digital.
O eMarketer é uma das principais fontes de pesquisa e análise de mercado digital, fornecendo insights sobre tendências de e-commerce, marketing digital e comportamento do consumidor. Zia Daniell Wigder, CCO da eMarketer, trouxe uma visão detalhada sobre as tendências emergentes para o e-commerce e o comportamento dos compradores digitais em 2024.
Zia destacou que a penetração do e-commerce no Brasil é surpreendentemente alta, superando a de várias economias desenvolvidas, incluindo a maioria das europeias. Atualmente, o varejo online representa 12,1% do total no Brasil, uma porcentagem significativa que demonstra o crescimento robusto do setor.
Os dados apresentados mostraram que os consumidores brasileiros gastam principalmente em categorias específicas:
Zia ressaltou o impacto crescente das redes sociais no comportamento de compra dos consumidores. Os dados indicam que os países que passam mais tempo nas redes sociais também estão entre os mercados de e-commerce que mais crescem. As redes sociais tornaram-se a principal fonte de pesquisa para produtos, com 39,2% dos consumidores utilizando essas plataformas para buscar informações.
Um dado notável é o crescimento do uso das redes sociais entre o público com mais de 55 anos, que dobrou de 2022 para cá, alcançando 45% de penetração para pesquisas de produtos. A geração mais jovem, de 19 a 24 anos, apresenta um índice de 49%. Esse aumento mostra que as redes sociais não devem ser utilizadas apenas para atingir o público jovem, mas também para engajar consumidores mais velhos.
Zia apontou um desequilíbrio significativo entre o tempo que os consumidores passam em dispositivos móveis e o investimento em publicidade para esses dispositivos. Muitos profissionais de marketing ainda não ajustaram seus orçamentos para refletir o tempo cada vez maior que os consumidores passam em seus smartphones e tablets.
Uma tendência em ascensão é o Retail Media, que está ganhando força nos EUA. A estimativa é que, entre 2024 e 2026, 29,2 bilhões de dólares serão investidos em anúncios nesse canal, superando o investimento em plataformas como TikTok ($4,8 bilhões), Meta ($13,1 bilhões) e Alphabet ($14,3 bilhões). Desse total, 22,3 bilhões de dólares serão gastos apenas na Amazon, demonstrando o potencial de crescimento deste segmento.
Outro ponto de destaque é a lista dos 15 sites mais visitados no Brasil, que revela a influência dos marketplaces no e-commerce nacional. Entre os top 15, destacam-se quatro marketplaces:
Embora o e-commerce digital esteja crescendo, o varejo físico ainda representa aproximadamente 73% das novas vendas na América Latina, com o digital correspondendo a 26%. No Brasil, a descoberta de novos produtos através de sites de varejistas (49,3%) supera a descoberta em lojas físicas (25%).
Para concluir, Zia trouxe alguns insights importantes para o e-commerce:
Retail Media: deverá ser uma parte central do mix de mídia das marcas. É o canal de publicidade que mais cresce no Brasil e oferece grandes oportunidades.
Escalabilidade: os varejistas precisarão avaliar o alcance para determinar seus investimentos em mídia de varejo e considerar parcerias estratégicas.
Desafios do varejo físico: apesar do crescimento do e-commerce, o varejo físico ainda desempenha um papel crucial e as fronteiras da mídia de varejo em loja ainda são novas e promissoras.
Retail Media Ads está emergindo como uma nova onda no universo da publicidade digital, especialmente no Brasil. Durante o evento, Marcos Zolet, Diretor de Digital e Marketplace Americanas e Celia Goldstain, General Manager Magalu Ads, discutiram como essa tendência está moldando o mercado e como as empresas estão se adaptando a essa mudança significativa.
Nos Estados Unidos, o mercado de Retail Media Ads está dominado por duas grandes empresas, com cerca de 80% do mercado concentrado em suas mãos. Em contraste, o Brasil apresenta um cenário bem diferente, onde 86% do mercado está dividido entre seis grandes varejistas.
Nos EUA, a Amazon é a principal fonte de informação para bens de consumo, superando até mesmo as redes sociais. Isso coloca um grande desafio para explorar e segmentar a vasta audiência que a Amazon oferece.
No Brasil, 45% dos consumidores buscam informações em varejistas digitais. Um ponto interessante é que muitas dessas buscas são unbranding, ou seja, os consumidores estão mais focados em encontrar o produto que desejam do que na marca específica. Essa abordagem permite que todas as etapas do funil de marketing possam ser exploradas dentro dos marketplaces.
Além disso, um aspecto positivo do modelo de Retail Media Ads no Brasil é a receptividade do público. Segundo dados da Kantar, 90% dos consumidores não se sentem incomodados ao serem impactados por anúncios dentro das plataformas de varejo. Isso sugere uma aceitação elevada e uma oportunidade para as marcas se conectarem com os consumidores de maneira eficaz.
O Magazine Luiza é um exemplo notável de sucesso no uso de Retail Media Ads. Com 450 milhões de visitas mensais, a plataforma tem demonstrado a eficácia e o potencial desse modelo de publicidade. O grande volume de tráfego oferece uma base sólida para os anunciantes aproveitarem e atingirem seu público-alvo de forma mais precisa e eficiente.
O cenário de Retail Media Ads no Brasil oferece várias oportunidades para marcas e anunciantes aproveitarem as plataformas de varejo para alcançar e engajar os consumidores em diferentes etapas do funil de compras.
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